Mitos e curiosidades sobre vinho "MEIO SECO"!
- emporiozermiani
- 14 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de jun. de 2023
Hoje nosso post é sobre um assunto que causa muitas dúvidas nas pessoas: VINHO MEIO SECO É DOCE?
Qual a principal diferença entre vinho seco e meio seco?
Bora lá esclarecer essa dúvida...
Quem já deixou de comprar um vinho por que olhou no rótulo e estava escrito “vinho fino tinto MEIO SECO” achando que era vinho doce?
Ahh até a gente já fez isso lá no nosso início de consumo de vinhos!
Baita erro viu!
Você sabia que o vinho meio seco não é necessariamente doce?
Cada país tem uma classificação específica para cada estilo da bebida, por isso, todos os vinhos merecem uma chance de serem degustados.
A classificação meio seco se dá pela quantidade de açúcar que contém por litro no vinho.
Em 8 de novembro 1988 foi criada no Brasil a lei nº 7.678 que regulamentou a produção de vinhos no país. Porém em 20 de fevereiro de 2014, essa mesma lei sofreu um acréscimo com um decreto de classificação do vinho meio seco.
O vinho meio seco apresenta um teor residual de açúcar, que pode ser referente a própria uva ou por adição de açucares.
A legislação brasileira considera o vinho meio seco aquele que possui açucares residuais da uva ou externos entre 4 e 25gr/L da bebida. Devido essa amplitude dos valores permitidos por nossa legislação, um vinho meio seco com aproximadamente com 4g/L de açúcar na bebida, ao paladar ainda pode ser seco, quase imperceptível o dulçor, porém um vinho com aproximadamente 25g/L, já vai ser perceptivelmente doce.
Como saber então se o vinho é doce ou seco no paladar mesmo estando no rótulo como “MEIO SECO”? Pois é jovem, só você degustando ele!
Isso mesmo, infelizmente nas garrafas a gramatura de açucares contidos não aparecem.
Esse é o diferencial de você comprar vinho no nosso Empório... todas as garrafas antes de irem a prateleira são estudadas e sempre abrimos 1 de cada rótulo para degustar e saber exatamente as características para passar à você querido cliente!
Ah ficou uma dúvida no ar... mas por que adicionar açúcar no vinho? O açúcar tanto residual da uva, quanto externo (aquele que é acrescentado), auxilia no equilíbrio da acidez presente no vinho, fazendo com que o vinho fique mais “redondo” para ser degustado. Claro, não são todos os vinhos que levam adição da sacarose, muitos são levemente adocicados devido à própria sacarose da fruta.
Você já degustou algum vinho de colheita tardia? Esse é um belo exemplo de um vinho muito adocicado exclusivamente pela sacarose da uva!
A título de curiosidade, segue uma comparação entre as tabelas de classificação dos vinhos no Brasil e a tabela da legislação europeia.
Classificação Brasileira
Seco: máximo 4,0 g/l
Meio Seco ou Demi-sec: máximo 25,0 g/l – mínimo 4,1 g/l
Suave ou Doce: máximo 80,0 g/l – mínimo 25,1 g/l
Espumantes
Brut Nature: máximo 3,0 g/l
Extra-brut: máximo 8,0 gl – mínimo 3,1 g/l
Brut: máximo 15 ,0g/l – mínimo 8,1 g/l
Sec ou seco: máximo 20,0 g/l – mínimo 15,1 g/l
Demi-sec ou meio seco: máximo 60,0 g/l – mínimo 20,1 g/l
Doce: máximo 80,0 g/l – mínimo 60,1 g/l
Vinhos fortificados
Seco ou Dry: máximo 20,0 g/l
Doce: máximo 80,0 g/l – mínimo 20,1 g/l
Comparação com a legislação europeia
Seco: máximo, 4g/L de açúcar ou 9 g/L quando o teor em acidez total não é inferior a mais de 2g/L em relação ao teor de açúcar. Exemplo: se tiver 9g/L de açúcar é considerado seco com acidez mínima de 7g/L).
Meio-seco: quando o vinho contém mais que os valores visados no texto anterior e atinge no máximo 12g/L ou 18g/L quando o teor em acidez total é fixado em aplicação do texto acima.
Meio-doce: quando o vinho contém mais que os valores acima e atinge 45g/L.
Doce: quando o vinho tem o teor mínimo de 45g/L de açúcar.
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